Risco

O estádio 1º de Maio foi projectado pelo arquitecto João Simões e pelo engenheiro Travassos Valdez e construído entre 1946 e 1950. Trata-se de um projecto de arquitectura e engenharia de grande qualidade, desde logo pela sua integração na topografia do lugar, mas também pelo desenho global do anfiteatro, pelos elementos singulares como a porta da maratona e os baixos relevos que a ladeiam, a tribuna presidencial ou as esbeltas pilastras em granito que marcam os alçados. Classificado como Monumento de Interesse Público, o estádio está profundamente ligado à memória colectiva dos bracarenses, devido aos importantes eventos desportivos que ali ocorreram desde a sua inauguração, em particular os futebolísticos.
O estádio 1º de Maio tem hoje uma utilização residual. Encontra-se impedido de receber público por não cumprir a legislação aplicável a recintos desportivos e parte das bancadas encontra-se em risco de colapso, por degradação da estrutura de suporte, em betão armado. Pontualmente o edifício encontra-se descaracterizado por intervenções que não foram convenientemente articuladas com o projecto original. No que diz respeito ao futebol profissional, o estádio não dispõe das características necessárias a uma boa visualização do espectáculo (distancia ao campo, bancadas cobertas, acessos confortáveis, instalações sanitárias, bares, etc.), nem das características necessárias para receber jogadores, árbitros, media e demais participantes na organização dos eventos.
Desde 2004, o S.C. de Braga realiza os seus jogos no Estádio Municipal de Braga. Um estádio que não foi pensado especificamente para o clube e que tem limitado o crescimento das assistências e receitas dos jogos, apesar dos notáveis sucessos desportivos da equipa de futebol. A progressão do clube só pode ganhar um novo fôlego com um estádio que permita captar mais adeptos. Nesse sentido, depois de exploradas várias alternativas, o S.C. de Braga decidiu propor à Câmara Municipal a cedência do Estádio 1º de Maio, para o reconverter numa moderna infra-estrutura para futebol profissional. A operação permitirá estancar e reverter o já longo processo de degradação do edifício, dando-lhe uma nova vida; e vai devolver aos simpatizantes do Braga aquela que foi a sua casa durante a 2ª metade do sec. XX.

Local
Braga

Cliente
Sporting Clube de Braga

Data
2020-...

Arquitectura
Tomás Salgado, Jorge Estriga e Carlos Cruz 
com André Luís, João Machado, Maria Martins, Cristina Picoto e João Ribeiro

Lugares
20.000