Antiga colónia portuguesa, Angola é um país independente desde os anos 70. Luanda, a capital, tem um clima caracterizado por temperaturas elevadas, reduzida amplitude térmica, muita humidade e uma brisa marítima frequente. E um passado rico em projectos modernistas, que souberam encontrar soluções brilhantes para fazer frente ao clima e à exiguidade de opções construtivas.
No actual ambiente de “explosão” imobiliária, num contexto em que não há limitações de materiais de construção (todos são importados), os anseios dos investidores e dos futuros utilizadores são dificilmente conciliáveis com a ideia, romântica, do “moderno tropical”. Os investidores porque têm uma ideia de modernidade que passa por "brilho" e "vidro" e os utilizadores porque não aceitam, por exemplo, vistas obstruídas por um "brise - soleil" fixo.
Os edifícios Sky Residence II e Sky Business, apesar da sua “imagem internacional”, foram desenhados especificamente para aquele lugar, procurando dar resposta às particularidades climáticas e aos anseios do cliente e futuros utilizadores.
O primeiro, destinado a habitação, apresenta uma combinação engenhosa de fogos duplex e simplex e um perímetro muito recortado, características que permitem a todos os apartamentos ventilação natural cruzada e a 80% deles, vista para a baía.
O segundo, de escritórios, caracteriza-se pela desmaterialização do volume inicial em dois corpos de largura e alturas distintas e uma fachada desenhada para tirar partido do ângulo de incidência solar, que criará sombra nos planos de vidro durante quase todo o dia.
Risco
/
Arquitectura e
Desenho Urbano
Sky Residence II e Sky Business
Local
Luanda, Angola
Cliente
ESCOM
Data
2007 – 2014
Arquitectura
Tomás Salgado, Jorge Estriga, João Almeida, Cristina Picoto e Luís Torgal
Imagens 3D
Telmo Antunes
Área de Construção
76.122 m2
Fotografias
Fernando Guerra / FG + SG